miércoles, 11 de febrero de 2009

La poesía como panteísmo y revolución. El corrido de la muerte de Zapata. 2.


Poesía es revolución. Comentario sobre la bola suriana de la muerte de Emiliano Zapata.


Traición, sangre, muerte. De eso habla la canción cuya letra copiamos parcialmente en la primera parte de este artículo. En esto se asemeja a algunos romances históricos de España. Pero nos habla también de un hombre perfecto en lo suyo, capaz de la palabra como de la fuerza redentora, que ha hecho votos de dedicar su vida a la defensa de la libertad de los humildes; una libertad que sólo se logra, él lo sabe, cuando los pobres tienen la tierra.

El tema del corrido es tan luctuoso como memorable. Pero me cautivan una y otra vez sus rasgos panteístas, de ingenua comunión con las cosas y los seres vivos. El relator habla con las campanas, y estas por cierto le responden. Alecciona a las flores: la trinitaria del campo, la amapolita olorosa, para que estén al tanto de que lo sucedido es irreversible. Flores de semblante triste, de contenido adormecedor o mortal; nos las hace amigas la apelación, el diminutivo. El gorrión, el jilguero, el conejo, se acercan también en esta letra, para recibir la noticia que habrán de esparcir. El arroyo y el clavel confabulan y quizás fabulan: Zapata no ha muerto, habrá de volver. Y la redacción popular de esta letra concluye con la ofrenda de una blanca azucena. En el catolicismo popular, la azucena menciona el milagro de San José: la vara seca que vuelve a florecer.

Esa aparente ingenuidad no es una distracción. Estas notas de comunión son centrales al relato, que es narración pero es poesía. Porque sólo en poesía se puede mantener vivo el mito de la revolución. Ese mito necesario de transformación, de acceso a otra instancia que atraviesa el tiempo, de apocalipsis (definido como lo quiso William Blake: revelación de lo humano en todo, y especialmente en lo que parecía inhumano).

Confío en la proximidad, siempre, cada día, de una revolución que ha sabido agazaparse en la poesía. Confío en la perduración de un movimiento en el que se da parte a los pájaros, a las campanas y a las flores no menos que a los combatientes.

Como en una hornacina o entre las manos hechas nido, la canción mantiene vivo el recuerdo de Emiliano Zapata, insurrecto sin mancha. Y algo más, mucho más. Esa poesía mantiene viva el ascua de la revolución.

Tiene que ser así. La verdadera revolución es la que realiza un proyecto poético, “ilusorio”, “ingenuo” de re-unión. De los hombres con la tierra, de hombres con mujeres, de los seres humanos entre sí. Re-unión de naturaleza y humanidad, en la que todo lo que se venía creyendo natural o material, exhibe su interior corazón humano. La poesía, como la revolución, añora y propone ese proyecto, hasta cuando es invectiva. ¿Hay otro proyecto digno de los seres humanos?

Por eso la bola suriana sigue y seguirá derrotando a la bala disparada desde el norte.

Ramón
10 de Febrero de 2009.

3 comentarios:

badana dijo...

Prueba de lo que dices es que uno de los pocos tesoros que pudieron arrebatar a la muerte de Guevara sus asesinos fué un cuadernillo de poemas que seguro apuntalaba su espíritu.

antonio jesus silva dijo...

REVOLUÇÃO QUILOMBOLIVARIANA !
Viva! Chàvez! Viva Che!Viva! Simon Bolívar! Viva! Zumbi!
Movimento Chàvista Brasileiro

Manifesto em solidariedade, liberdade e desenvolvimento dos povos afro-ameríndio latinos, no dia 01 de maio dia do trabalhador foi lançado o manifesto da Revolução Quilombolivariana fruto de inúmeras discussões que questionavam a situação dos negros, índios da América Latina, que apesar de estarmos no 3º milênio em pleno avanço tecnológico, o nosso coletivo se encontra a margem e marginalizados de todos de todos os benefícios da sociedade capitalista euro-americano, que em pese que esse grupo de países a pirâmide do topo da sociedade mundial e que ditam o que e certo e o que é errado, determinando as linhas de comportamento dos povos comandando pelo imperialismo norte-americano, que decide quem é do bem e quem do mal, quem é aliado e quem é inimigo, sendo que essas diretrizes da colonização do 3º Mundo, Ásia, África e em nosso caso América Latina, tendo como exemplo o nosso Brasil, que alias é uma força de expressão, pois quem nos domina é a elite associada à elite mundial é de conhecimento que no Brasil que hoje nos temos mais de 30 bilionários, sendo que a alguns destes dessas fortunas foram formadas como um passe de mágica em menos de trinta anos, e até casos de em menos de 10 anos, sendo que algumas dessas fortunas vieram do tempo da escravidão, e outras pessoas que fugidas do nazismo que vieram para cá sem nada, e hoje são donos deste país, ocupando posições estratégicas na sociedade civil e pública, tomando para si todos os canais de comunicação uma das mais perversas mediáticas do Mundo. A exclusão dos negros e a usurpação das terras indígenas criaram-se mais e 100 milhões de brasileiros sendo estes afro-ameríndios descendentes vivendo num patamar de escravidão, vivendo no desemprego e no subemprego com um dos piores salários mínimos do Mundo, e milhões vivendo abaixo da linha de pobreza, sendo as maiores vitimas da violência social, o sucateamento da saúde publica e o péssimo sistema de ensino, onde milhões de alunos tem dificuldades de uma simples soma ou leitura, dando argumentos demagógicos de sustentação a vários políticos que o problema do Brasil e a educação, sendo que na realidade o problema do Brasil são as péssimas condições de vida das dezenas de milhões dos excluídos e alienados pelo sistema capitalista oligárquico que faz da elite do Brasil tão poderosa quantos as do 1º Mundo. É inadmissível o salário dos professores, dos assistentes de saúde, até mesmo da policia e os trabalhadores de uma forma geral, vemos o surrealismo de dezenas de salários pagos pelos sistemas de televisão Globo, SBT e outros aos seus artistas, jornalistas, apresentadores e diretores e etc.
Manifesto da Revolução Quilombolivariana vem ocupar os nossos direito e anseios com os movimentos negros afro-ameríndios e simpatizantes para a grande tomada da conscientização que este país e os países irmãos não podem mais viver no inferno, sustentando o paraíso da elite dominante este manifesto Quilombolivariano é a unificação e redenção dos ideais do grande líder zumbi do Quilombo dos Palmares a 1º Republica feita por negros e índios iguais, sentimento este do grande líder libertador e construí dor Simon Bolívar que em sua luta de liberdade e justiça das Américas se tornou um mártir vivo dentro desses ideais e princípios vamos lutar pelos nossos direitos e resgatar a história dos nossos heróis mártires como Che Guevara, o Gigante Osvaldão líder da Guerrilha do Araguaia. São dezenas de histórias que o Imperialismo e Ditadura esconderam. Há mais de 160 anos houve o Massacre de Porongos os lanceiros negros da Farroupilha o que aconteceu com as mulheres da praça de 1º de maio? O que aconteceu com diversos povos indígenas da nossa América Latina, o que aconteceu com tantos homens e mulheres que foram martirizados, por desejarem liberdade e justiça? Existem muitas barreiras uma ocultas e outras declaradamente que nos excluem dos conhecimentos gerais infelizmente o negro brasileiro não conhece a riqueza cultural social de um irmão Colombiano, Uruguaio, Venezuelano, Argentino, Porto-Riquenho ou Cubano. Há uma presença física e espiritual em nossa história os mesmos que nos cerceiam de nossos valores são os mesmos que atacam os estadistas Hugo Chávez e Evo Morales Ayma,Rafael Correa, Fernando Lugo não admitem que esses lideres de origem nativa e afro-descendente busquem e tomem a autonomia para seus iguais, são esses mesmos que no discriminam e que nos oprime de nossa liberdade de nossas expressões que não seculares, e sim milenares. Neste 1º de maio de diversas capitais e centenas de cidades e milhares de pessoas em sua maioria jovem afro-ameríndio descendente e simpatizante leram o manifesto Revolução Quilombolivariana e bradaram Viva a,Viva Simon Bolívar Viva Zumbi, Viva Che, Viva Martin Luther King, Viva Osvaldão, Viva Mandela, Viva Chávez, Viva Evo Ayma, Viva a União dos Povos Latinos afro-ameríndios, Viva 1º de maio, Viva os Trabalhadores e Trabalhadoras dos Brasil e de todos os povos irmanados.
O.N.N.QUILOMBO –FUNDAÇÃO 20/11/1970
quilombonnq@bol.com.br

Unknown dijo...

El gran caudillo del Sur de Mejico, logró que los indígenas de Méjico tomaran conciencia de que el amor por la tierra se da solamente en freedom.
Quiero agregar que su nombre completo es: Emiliano Zapata Salazar hijo de Ceófas Salazar y tio abuelo mío.
Gracias.